segunda-feira, 26 de maio de 2008

HOUVE FESTA NA NOSSA TERRA










4 comentários:

Anónimo disse...

É pá!

Nessa terra só existem festas religiosas católicas?

Mais nada se passa?

Será que só a Igreja é que tem actividade social?

Então e a Banda, os Amigos da Panasqueira, o Centro Operário, a Escola, o Centro Social e Junta nada fazem?

Anónimo disse...

parabens pelo blog!

Anónimo disse...

As respostas não chegaram a 4 mil, no conjunto das paróquias do Patriarcado de Lisboa. O que só por si já é um desastre. E estas tão poucas respostas ao inquérito lançado ano passado pelo Patriarcado entre as pessoas católicas que ainda frequentam a missa ao domingo e cujos resultados foram ontem divulgados à comunicação social revelam um outro desastre ainda maior. Revelam que a esmagadora maioria destas poucas pessoas que se deram ao trabalho de responder ao inquérito, embora já tenha a Bíblia em casa, habitualmente não a lê, nem a nível pessoal, nem a nível familiar. É caso então para perguntar: Afinal, o que andam a fazer os párocos e os bispos e todos os chamados agentes de Pastoral da Igreja católica? Os dados do estudo revelam que tudo o que fazem continua a passar ao lado do essencial. Limitam-se à gestão corrente da empresa eclesiástica, sem nunca se interrogarem sobre o sentido e o valor do que fazem. A mim, não me surpreende. Porque sempre tenho dito que as coisas são, infelizmente, assim. A Igreja católica tem-se limitado a ser uma grande empresa clerical e para-clerical destinada, fundamentalmente a alimentar o Religioso das populações, sem nunca ter tido a audácia de ser uma presença viva e activa, ao jeito da parteira, entre as populações e com elas, para ajudar a despertar, no mais íntimo delas, a mesma Fé de Jesus, a única que move montanhas e faz das populações pessoas humanas, criticamente conscientes, lúcidas, adultas, em estado de maioridade. Mas como é que a Igreja pode chegar a ser uma presença assim entre as populações e com elas, se tudo nela está orientado para ela ser simplesmente uma empresa destinada a alimentar o Religioso que as populações, nos seus ancestrais medos, continuam a não dispensar? Porém, uma Igreja que não fosse mais assim, empresa destinada a alimentar o Religioso das populações, pelo contrário, se atrevesse a ser o que Jesus quis e quer que ela seja, sal da terra, luz do mundo, fermento na massa, sentinela na cidade, seria inevitavelmente uma Igreja perseguida pelas populações e ostracizada pelos Executivos do país em que está presente e actuante. Em lugar de privilégios, conheceria desprezos. Em lugar de louvores, conheceria ataques e ameaças até de morte. Em lugar de concordatas e de mordomias com os Poderes deste Mundo, conheceria calúnias e rejeições de toda a ordem. Se DeusVivo, o de Jesus, não tem lugar neste Mundo dos Poderes, como é que a Igreja que se reclama dele pode ter? Só porque traiu a sua Missão e se converteu numa grande empresa multinacional do Religioso. Os dados do inquérito não me surpreendem. Confirmam o que ando a dizer há muito tempo, sem que me queiram ouvir. Até me tratam como um doente do foro psiquiátrico e um ressabiado, tão incómodo é o meu testemunho e tão certeira, a minha denúncia. Acham pretensiosismo da minha parte. Como se, nestas coisas da Verdade, as maiorias tivessem de ter sempre razão. Quase nunca têm. As maiorias regem-se por comportamentos de massa. E estes seguem sempre a lei do menor esforço. E do gasto mínimo de energia. Não é desta ordem a Verdade. A Verdade segue a lei do máximo esforço e do gasto máximo de energia. Habitualmente, rema contra a corrente. Não vai na corrente, mas contra a corrente, contra o Rotineiro, contra o Tradicional. Não foram as maiorias que tiveram razão, quando Galileu afirmou/garantiu que era a terra que girava em volta do sol e não o sol que girava em volta da terra. Como também não têm razão, quando ainda hoje, dois mil anos depois de Jesus ter dito/revelado o contrário, que é o Religioso que salva/humaniza o Mundo. As Igrejas todas também o dizem, até para assim poderem continuar a justificar as práticas pastorais em que apostam todos os dias. Mas não é verdade. E o problema mais grave é que, nem perante os dados que este estudo do Patriarcado de Lisboa acaba de revelar, a Igreja católica se mostra capaz de tirar as devidas conclusões. Pelo contrário, persiste nas mesmas práticas pastorais de alimentação do Religioso das populações. Inclusive, pretende recorrer mais à Bíblia, mas como alimentação do Religioso, quando a Bíblia e a Palavra de Deus que pode estar a PASSAR pelos seus múltiplos livros, se sempre a soubermos ler/escutar em sintonia com o Espírito de DeusVivo, o de Jesus, são tudo menos um manual com receitas para alimentar o Religioso das populações. Reduzi-la a isso constitui uma perversão bíblica de todo o tamanho. Desde Jesus, o de Nazaré, ficou claro - deveria ter ficado claro para sempre - que a Bíblia só é Palavra de Deus, se, ao escutá-la, escutarmos o Espírito de DeusVivo que a atravessa, como atravessa a História de todos os povos, todos eles Povo-de-Deus, em plena igualdade com o Povo de Israel, sem mais nem menos privilégios uns do que outros, já que em DeusVivo não há acepção de pessoas nem de povos. Se esta Acção, com força de Nova Criação, não chegar a acontecer, a Bíblia não passará de uma pequena-grande biblioteca - é o que quer dizer o substantivo plural "Bíblia" - sem nenhum especial interesse para a Humanidade, que outros livros, outras bibliotecas também não tenham. Será mera letra. E, como mera letra, pode até matar, mais do que vivificar; destruir, mais do que edificar. Quantos disparates se não escreveram e ensinaram ao longo dos séculos de Cristandade e, ainda hoje se continuam a escrever e a ensinar, em nome da Bíblia! E quantos crimes se não cometeram e justificaram em nome da Bíblia, a começar pelo maior de todos, o assassinato de Jesus, o de Nazaré, só porque ele teve a lucidez bastante para ver e a audácia bastante para dizer que o que ensinavam os teólogos oficiais do Templo de Jerusalém e o que faziam os seus sacerdotes, comandados pelo Sumo-Sacerdote, era pura Idolatria, já que o Deus a que se dirigiam não passava de criação deles, um ídolo porventura muito respeitado, mas um ídolo, totalmente ao serviço dos seus mais perversos interesses! Hoje, as gerações jovens estão a crescer, na sua quase totalidade, à margem da Bíblia, o que, só por si, não é mal nem bem. É simplesmente um facto. O que resultará daí para o próximo futuro, só no futuro se saberá. O facto, enquanto tal, não me aflige por aí além. Porque, afinal, a História revela que muitos foram os crimes que se cometeram e justificaram em nome da Bíblia. E, se for para prosseguir por aí, é bem melhor então não a abrir nunca mais. De resto, o Espírito de DeusVivo que PASSA na Bíblia, também passa nas nossas vidas e nos acontecimentos de que é feita a História, ou Ele não fosse mais íntimo a nós que nós próprios. O determinante é vivermos abertos a Ele, atentos a Ele. Mais: É deixarmos que Ele seja Espírito de DeusVivo em nós, como Jesus deixou. Se deixarmos, veremos que Ele não nos desperta para o Religioso, mas para práticas políticas maiêuticas, como fez paradigmaticamente com Jesus. Por isso é que não é a Bíblia, enquanto tal, que é importante. Importante mesmo, é Jesus, o de Nazaré. É por ele que sempre havemos de ir. Mas como, se nem as Igrejas é por ele que vão, apenas pelo Religioso e pelo Deus-Ídolo ao qual o Religioso sempre se dirige? Pensemos maduramente nisto. Igrejas e populações. Na certeza de que, quando o Espírito de DeusVivo, o de Jesus, nos atingir, nesse Momento, nasceremos dEle. E logo abandonaremos o Religioso e a Idolatria que ele fomenta e alimenta, para nos tornarmos Mulheres, Homens como Jesus, a protagonizar práticas políticas maiêuticas na História, as quais nos farão cada vez mais seculares, autónomos, sem medos, sábios e em estado de maioridade. Com quem todos os demais - pessoas e povos -podem sempre contar como aliadas, aliados, e como irmãs, irmãos de coração.

Anónimo disse...

a nossa senhora da nossa terra... bonita