Não me ralheis, por favor,
por ter força de vontade,
por amar de corpo inteiro
cada pedra, cada outeiro
da aldeia, vila ou cidade;
deixai-me viver de amor.
Pelas pedras da calçada,
pelas gentes do Paúl,
do Ourondo, da Cerdeira,
das Meãs, da Panasqueira,
pelas Cortes norte e sul,
e por S. Jorge, terra amada.
Em São Francisco de Assis,
Castelejo e o belo Silvares,
pressinto bondade nos lares,
riqueza em toda a terra;
subindo a Unhais da Serra
vi belezas e gente feliz.
Entro no Barco, não navego,
vou ao Peso e à Coutada,
como cabritinho na Erada,
subo a Janeiras de Cima,
em Casegas tudo se anima,
alegres são, não o nego.
Vou levada por uma brisa.
Volto às Cortes por querer
coisas lindas escrever.
Sobral, Bogas, Lavacolhos,
sinto lágrimas nos olhos,
é a saudade que desliza.
Não basta no peito arder
desejos de voltar à Covilhã;
ouso subir em pensamento
e na Serra fazer juramento:
juro e jurarei por ser beirã,
amarei a Beira até morrer.
A Autora deste lindos versos, no dia 25 de Junho, está, no lançamento do seu novo livro, na Biblioteca Municipal Da Covilhã. Toda a notícia:
http://cebola.net/index.php?option=com_content&task=view&id=106&Itemid=52
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