segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Matança do porco

Apesar de não se ter passado em S. Jorge, é semelhante às nossas matanças. Será que alguém ainda cria o porco?

Esta nem começou muito cedo. Cerca das 10 da manha, lá se iniciou o ritual. O mestre pega numa corda com um laço feito e começa... "Russo, é russo, toma.....". Como de costume o porco cai no velho truque e tenta comer a corda de sisal. Quando o porco morde o laço, este é preso pelo focinho.
Para alguns está é a pior parte, os "gritos" do porco. Há quem diga que eles pressentem o que lhes espera.

Depois de amarrado pelo focinho é obrigado a sair para rua. Cada um ja sabe a sua função. Desta vez tocou-me as patas traseiras.
Depois de posicionado, o porco é "espetado" e com a mestria de quem sabe, sangra-se o animal até ao ultimo suspiro.
Começa-se a chamuscar o porco, antigamente com carqueijas, hoje usa-se um maçarico de propano.
Vai uma banhoca?
Nesta fase, ja todo chamuscado, é cuidadosamente lavado. Antigamente rapava-se com um instrumento triangular, cujo nome não me recordo, foi mesmo com palha de aço.

Será Fairy?

Digam la que não ficou lavadinho?

O Sangue aproveitado quando se mata o animal, é cozido. Há quem diga que é bom. Esta parte passo à frente.
Como manda a tradição, o próprio animal serve de mesa para o repasto.

Chegou a altura de abrir o porco e retirar as tripas, coração, rins etc.
Está pronto a ir para a adega, e depois de algumas horas nesta posição a escorrer algum resto de sangue, desmancha-se. Não vai para a salgadeira, mas vai para a arca congeladora.

9 comentários:

Anónimo disse...

olha depois de lavadinho deixou de ser porco

Anónimo disse...

ah pois na minha aldeia o ritual não foge muito ao vosso
só que era chamuscado com lume de carqueijas e depois raspado com cacos d e telha por exemplo
depois bem lavadinho e passou realmente a deixar d e ser porco para ser bom presunto boa carne e bom fumeiro
hoje ve s e pouco disso pq as autoridades sanitarias não autorizam
tudo o que era bom vai s e perdendo a tradição

Sérgio de cebola disse...

Espero que a ASAE não passe por aqui.
Não foi em cebola a matança. Foi documentada pq em vários aspectos é parecida. O chamuscar, antigamente era com carqueijas, mas realmente ao maçarico é muito mais rápido.

As fotos não são as melhores, foi o que o telemóvel pode proporcionar.

Para os mais novos que nunca viram, pode ficar aqui o testemunho de uma tradição.

inha disse...

Bem Sergio depois de uma reportagem completa desta maneira deves estar um verdadeiro profissional no ramo da matanca,boa reportagem sem duvida.
Quanto ao resto pena nao podermos provar o tal porco limpinho e bem lavadinho,fica para a proxima.
Um abraco Madalena.

Anónimo disse...

este tipo de fotos devia ser proibido ! FORMA CRIMINOSA DE MATAR UM ANIMAL !

Anónimo disse...

Em Barrancos, há touros de morte e ninguém se incomoda. A matança do porco choca.... (...)
Deve ser menino da cidade

Anónimo disse...

a carne de porco ou de outro animal consumivel deve ter no matadouro morte menos criminosa

Anónimo disse...

Criminoso é o que os animais americanos fazem aos animais afegãos. Criminoso é o que os animais israelitas, protegidos pelos animais americanos fazem aos animais palestinianos.
Criminoso é alguns animais tentarem ser mais iguais do que outros. Criminosa é a ASAE. Como pode ser criminosa uma tradição tão fortemente enraizada na nossa cultura e na nossa gente? Será que somos criminosos também? Só se for pela apatia e pelo silêncio.
Estas fotos só provam que a ASAE não faz sentido quando mexe com hábitos e tradições. O que a ASAE pretende, sob falsas teorias higienico-sanitarias, é que deixemos de matar o porco e fazer os enchidos para os irmos comprar noutro sítio, sem sabermos de onde vem. Criminoso é deixar na ignorância as gerações vindouras, que pensam que as chouriças vêm do pacote embalado em vácuo.
Criminoso é tentar fazer com que deixemos de ser aquilo que somos.
Tenho dito.

Stela Up° disse...

O mundo está cada vez mais estreito pra vc né Ricardo. Chora na cama que é lugar quente. Pra vc não é criminoso porque não é vc a vítima. Vá se instruir criança tola.

Tradição tem limite, em todos os lugares, e está na hora da sociedade colocar um limite nesse povo parado no tempo.